Ricardo Stuckert premiado em concurso internacional

O fotógrafo brasileiro Ricardo Stuckert está entre os vencedores do Oman 1st International Photography Circuit, concurso internacional que reuniu fotógrafos de 45 países. Ele conquistou a medalha de ouro em uma das diversas categorias do prêmio (Muscat – Pessoas) com uma foto de um índio Kaiapó banhando-se nas águas do rio Xingu, em Mato Grosso (MT). A imagem suplantou outras 1885 concorrentes.

O concurso foi organizado pelas entidades International Federation of Photographic Art, Global Photographic Union (GPU) e International Association of Architectural Photographers (IAAP). Foram premiadas imagens em quatro categorias principais: pessoas, paisagem, preto e branco e colorido.

Stuckert também foi selecionado em outra categoria (Nizwa-Pessoas) pela foto de uma índia da etnia Ashaninka sentada em um barco no rio Amônia, no estado do Acre (abaixo). As imagens fazem parte do projeto “Índios brasileiros”, que o fotógrafo tem planos de lançar em livro no próximo ano.

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Polêmica – Ao mesmo tempo em que teve essa boa notícia, Ricardo Stuckert viu seu nome envolvido em uma polêmica levantada pelo jornal Folha de S. Paulo. Em matéria publicada nesta quarta-feira (04), o jornal noticia que o fotógrafo consta da folha de pagamentos da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), da qual recebe um salário de R$ 35 mil mensais. Ao mesmo tempo, é funcionário do Instituto Lula, fundação pertencente ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a qual teria lhe pago nos últimos dois anos valores equivalentes a R$ 5.713 mensais.

Ricardo foi fotógrafo oficial da Presidência da República entre 2003 e 2011. Após a posse de Dilma Rousseff, tornou-se fotógrafo oficial de Lula. Na mesma época, foi contratado pela CBF. Além do valor pago ao profissional (“maior que o de um ministro”, observa a reportagem), a Folha questiona o fato de Sturckert ter participado de apenas um evento oficial da CBF neste ano – uma série de palestras realizadas pela confederação na semana passada.

Em resposta à reportagem, Stuckert informou que não possui contrato de exclusividade com nenhuma das duas entidades. Disse que presta serviços de fotógrafo e editor de imagens para a CBF e que também serve ao Instituto Lula “por meio de empresa legalmente constituída”, declarando no Imposto de Renda todos os seus rendimentos.

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