3 dicas para criar Dupla Exposição usando flash

Na época das câmeras analógicas, tudo o que você precisava fazer para criar dupla exposição era retroceder o filme, expondo novamente o quadro que acabou de ser fotografado. Mas você já se perguntou como fazer isso numa câmera digital?

É verdade que fazer dupla exposição na pós-produção é relativamente fácil, mas aqui nos concentraremos em como isso pode ser feito direto na câmera, com as dicas da fotógrafa Lily Sawyer.

Equipamentos necessários para duplas exposições

– Um tripé;

– Sua câmera;

– Disparador remoto;

– Flashs Speedlights ou estrobos (um ou dois);

– Alguns modificadores de luz (opcional), tais como guarda-chuvas, softboxes ou octaboxes.

– Um pano de fundo ou uma parede lisa.

Lily usou duas luzes estroboscópicas (flashs) montadas em suportes e modificadas por octaboxes em grade, num sistema de transceiver remoto sem fio. Foram três cenários: um preto, um bege e um com padrões.

Definições da câmera e do flash

Os flashs foram mantidos em uma configuração constante, com a mais baixa potência. O ISO 100 para a maioria das fotos, exceto para as com diafragma f/16, nas quais ela dobrou o ISO. A abertura variou entre f/8 e f/16. A velocidade do obturador também variou entre um segundo a alguns segundos, até “bulb”. Em outras palavras, experimente até obter a aparência certa.

Como fazer a dupla exposição

Este é o truque. Enquanto a câmera está expondo a imagem com o obturador aberto, continue disparando os flashs. Para essas fotos, a fotógrafa disparou de 2 a 4 vezes os flashs, dependendo da duração da exposição e quão rápido conseguia pressionar o botão de disparo. O flash congela a ação, então quando mais disparos de flash, mas ações congeladas na imagem.

1. Movimento exagerado é a chave

Se o sujeito faz movimentos muito pequenos, a probabilidade é as imagens vão ficar em cima umas dos outras. Isso pode resultar em uma imagem final que parece uma bagunça borrada como na foto abaixo, em vez de muitas imagens congeladas separadas em uma única foto. É melhor dizer ao modelo para se mover nitidamente longe da primeira posição, para que os movimentos fiquem separados.

A câmera ainda captura o rastro de movimento como um borrão. Mas quando você disparar o flash, naquele momento particular é processado com nitidez.

Na foto abaixo, Lily pediu para as crianças agitarem rápido. Ela tinha como foco registrar o movimento, não seus rostos parados. “Não tenha medo de experimentar. A beleza do digital é que, ao contrário filme, você tem um número infinito de quadros à sua disposição, assim pode se dar ao luxo de cometer muitos erros até achar o que você está procurando”, diz a fotógrafa.

2. Um fundo escuro é melhor

Compare a imagem acima com a luz de fundo em relação as outras imagens com fundo preto. A diferença é grande. O fundo escuro delimita as ações e deixa o sujeito mais contrastado, fácil de perceber.

“Na foto abaixo, eu editei bastante agressivamente para obter o contraste que eu queria. Também acrescentei grãos para simular uma aparência de filme”, explica Lily Sawyer.

3. Experimente com materiais e texturas

Usar na foto outros materiais, tais como folha de alumínio ou plástico, pode funcionar. Com o obturador lento, você capta o movimento das folhas.

Outras coisas que você pode usar são bastões luminosos, luzes piscando, luzes em movimento, telas de smartphone – praticamente qualquer coisa que reflete ou emite luz.

Não tenha medo de experimentar com fundos também, como no caso do fundo zebrado das fotos abaixo. “Eu usei as mesmas técnicas de movimento e as mesmas configurações de câmera e luz, mas os resultados ficaram muito diferentes e únicos” conta a fotógrafa Lily.

Fonte: DPS