A premiada fotógrafa mineira Marcia Charnizon, palestrante do congresso PhotoWeek, gosta de fazer provocações que possam tirar as pessoas da zona de conforto, questionando e quebrando paradigmas. Durante sua palestra no congresso, ela vai abordar a importância de “sair das caixas”, construindo um pensamento critico sobre o fazer fotográfico.
“Percebo muitos pacotes de fotógrafos encaixotados, com um laço bonitinho na caixa, mas frustrados e angustiados. Não que esses dois sentimentos não façam parte da nossa trajetoria, mas vejo um grande número de pessoas caindo em armadilhas sem nem mesmo ter conhecimento delas.”
Marcia destaca duas situações que podem ser armadilhas para o fotógrafo:
- Processos como armadilhas – “Processos de trabalho são também e principalmente identitários. O que mais define um trabalho é o seu processo. Tomá-los, portanto, como regras, pode não ser uma boa ideia. Alguém surge com um trabalho que chama a atenção por sua linguagem e resultado… o processo é copiado, viralizando no mercado e criando novos nichos de fotografia sem carregar a identidade e expressão pessoal de um fotógrafo e, sim, do nicho de mercado criado. Se estamos falando de vendas e marketing, pode ser uma boa ideia. Mas, se estamos falando de expressão pessoal usando a linguagem fotográfica, pode ser uma super armadilha.”
- Edição como armadilha – “Se o fotógrafo está editando e mostrando seu trabalho baseado somente no que as pessoas/mercado gostam de ver, está numa armadilha enorme. Ao começar a editar e mostrar o que pessoalmente o provoca, daqui a cinco anos, talvez, seu trabalho tenha um rosto. Sim, isso pode significar menos likes em muitas imagens. Exige coragem.”
Marcia Charnizon será palestrante do PhotoWeek, congresso internacional de fotografia de casamento, que será realizado pela iPhoto Editora de 27 a 29 de agosto, em São Paulo/SP.
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