100 anos de Bauhaus

Uma das principais escolas de artes comemora 100 anos em 2019. A Bauhaus trouxe uma beleza simples e descomplicada indo contra ao excesso da Europa pós-guerra. A criação da instituição foi dada pelo arquiteto germânico Walter Adolf Gropius (1883 – 1969) primeiramente na cidade de Weimar que por conflitos políticos mudou-se para Dessau, na Alemanha; desde 1996 o local está sobre a proteção da UNESCO.

Obra de Kandinski

A escola de artes ficou ativa entre os anos de 1919 a 1933, os alunos aprendiam durante três anos sobre o minimalismo, formas planas e retangulares, luz, sombra e diferentes instrumentos de trabalho, formando com o título de mestre da Bauhaus. O nome é uma junção de duas palavras alemãs “bauen” (“para construir”) e “haus” (“casa”). A visão interdisciplinar da Bauhaus foi a primeira de todos os tempos, interligando disciplinas como arquitetura e designer industrial, sem oprimir as matérias consideradas menores na época como cerâmica e marcenaria.  

Prédio da escola em Dessau

Em 1933 com a chegada do regime nazista a Bauhaus viu-se obrigada a encerrar seu funcionamento. Muitos professores e alunos fugiram da Alemanha, a escola era acusada de disseminar ideias esquerdistas. Além de todo o aprendizado proposto a escola ainda ensinava dança, pintura, costura e etc. A arte era o questionamento, o pensamento livre e as criações tinham espaço para ganhar vida.

Seu fundador Walter Gropius tinha como objetivo formar uma nova geração de artistas, não haveria classe e distinção entre pessoas por questões hierárquicas. Era um modo de desenvolver o pensamento democrático e o trabalho em conjunto que seria levado como base para a vida pessoal de cada artista da escola.

Interior da casa de Walter Gropius, 1938

Foi por meio dela que nasceu o movimento De Stijl com forte ação de cores primárias e formas geométricas de Mondrian. O corpo docente da escola contou com artistas como Johannes Itten (1888 – 1967), Theo van Doesburg (1883 – 1931), Wassily Kandinsky (1866 – 1914), Paul Klee (1879 – 1940), László Moholy-Nagy (1894 – 1946), Breuer, Hannes Meyer (1889 – 1954), Van der Rohe, Oskar Schlemmer (1888 – 1943), Joseph Albers (1888 – 1976) entre outros.

Fonte: Itaú Cultural, Follow The Colours

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