10 dicas para iniciantes na fotografia

Existem muitos detalhes no aprendizado da fotografia. Porém, estes 10 pontos a seguir são coisas que fotógrafos profissionais sabem de cor. E sim, se você quer se tornar um profissional, precisa saber também. E não só saber, como praticar cada detalhe.

Na aprendizagem de fotografia, você acaba descobrindo que é preciso conhecer de tudo e o excesso de informações pode prejudicar esta etapa. Vamos então aos pontos técnicos mais básicos que são necessários no início. Fotografar é como aprender a dirigir: de tanto praticar, logo você não precisará pensar em qual é a próxima coisa a fazer, mudar o obturador da câmera se torna tão natural quanto trocar uma marcha.

1 – Pense em suas fotos

Foto: Gary McParland
Foto: Gary McParland

A fotografia não começa assim que você tira a câmera da caixa ou olha pelo visor. Ela começa bem antes disso: na sua mente. A fotografia pode acontecer mesmo quando você não possui uma câmera em mãos: é aquele momento que você olha e pensa “isso daria uma ótima imagem”. A partir desse momento, desenvolvem-se diversas perguntas em relação ao ângulo que você quer capturar, à luz, ao impacto da imagem. Então a magia acontece e você saberá qual configuração usar em sua câmera.

É importante pensar em imagens, assim como se abastecer de imagens. Ter uma bagagem visual (quando maior, melhor). Prestar atenção em cenas de filmes, por exemplo, pois os filmes nada mais são do que fotografias em sequência.

2 – Tenha a composição em mente

Sempre que você olha através do visor da câmera, ou alinha um clique na tela LCD, você dá o primeiro passo no sentido de compor a fotografia (confira neste link ótimas dicas de composição). Há diversas regras de composição que podem ser usadas uma a uma ou misturadas. A primeira de todas é a Regra dos Terços: simples, mas eficaz. Tendo esta primeira regra em mente, toda a sua fotografia muda de perspectiva (literalmente!).

Imagine duas linhas que cruzam o quadro horizontalmente, e duas que atravessam verticalmente para dividi-lo em três partes. Posicionando elementos principais nestas linhas (por exemplo, o um horizonte em uma das linhas horizontais) pode produzir uma imagem mais dinâmica do que ter algo no centro do quadro. A composição bem realizada ajuda a atrair os olhos do espectador para a imagem.

Foto: Gary MacParland
Foto: Gary MacParland

3 – Tenha certeza que as funções básicas de sua câmera estão corretamente definidas

Nada pior do que fazer várias ótimas fotos e só depois notar que sua câmera estava capturando a menor resolução possível. Isso pode acabar com um dia inteiro de trabalho. Ou então ir fotografar em um local afastado e descobrir lá que esqueceu seu cartão de memória. Sempre vale a pena conferir alguns dos princípios básicos da configuração. Isso: sempre, toda vez que você usar a câmera. Você pode se enganar na suposta certeza de que tudo está correto.

O ponto de partida mais óbvio é o cartão de memória. Em primeiro lugar: ele está inserido? Pode parecer óbvio, mas não há nada pior do que sair com uma câmera vazia. Em seguida, defina o tipo de arquivo: JPEG se você quiser arquivos da câmera prontos para impressão; ou RAW se você fizer qualquer pós-produção. Se você optar por atirar JPEGs, também precisará verificar o tamanho do arquivo. Defina o maior tamanho de imagem, com compressão mínima, para qualidade de imagem ideal. Por fim, não se esqueça de verificar configurações muitas vezes ignorado, como exposição, o modo AF e seleção de ponto de foco.

Foto: Digital Camera World
Foto: Digital Camera World

4 – Usando a abertura para controlar a profundidade de campo

A abertura é uma das características mais importantes de sua câmera. Não só regula a quantidade de luz que atravessa a lente, mas também controla a profundidade de campo (o quanto de sua imagem aparece em foco).

Se você quer dar atenção a apenas um objeto, uma abertura grande (por exemplo f/3.2) pode ajudar a concentrar a atenção sobre um assunto. Isso borrará o fundo, tornando óbvio o ponto onde se quer focar.

Foto: Digital Camera World
Grande abertura = assunto principal em foco e fundo desfocado. | Foto: Digital Camera World

Uma pequena abertura (como f/16) ajudará você a contar a história completa de uma imagem, focando tudo, desde o ponto mais próximo até mais distante com igual clareza.

Foto: Digital Camera World
Abertura pequena = atenção em toda a cena. | Foto: Digital Camera World

Isso é algo que os fotógrafos de paisagem usam para garantir que o primeiro plano e o fundo sejam englobados na mesma imagem.

5 – Utilize a velocidades do obturador para efeitos criativos

Foto: Ita Kirsch e Simone Blauth
Foto: Ita Kirsch e Simone Blauth

Enquanto a abertura controla a quantidade de luz que entra na câmera, o trabalho do obturador é controlar o tempo em o sensor será atingido por esta luz.  A partir de velocidades do obturador, é possível congelar um movimento (por exemplo, 1/1000 seg e mais rápido), ou deixa-lo borrado, com longos tempos de exposição de 01 segundo ou mais.

Se você fotografando o mar, por exemplo, você pode congelar as ondas (com uma velocidade rápida do obturador), ou transformar o mar em um borrão leitoso (velocidade baixa do obturador). Ambos são possíveis; você só precisa decidir qual o efeito que você deseja e configurar a câmera para tal.

6 – Faça o balanço de branco corretamente

A cor do mundo que nos rodeia está mudando constantemente. A luz do Sol é diferente da luz de uma lâmpada fluorescente. Cada uma destas fontes tem própria temperatura de cor medida em Kelvin: quanto menor for a temperatura, mais quente (mais alaranjada) é a luz, e quanto maior a temperatura, mais fria (mais azul) a luz. Na maioria das vezes, nós não notamos qualquer alteração, porque nosso cérebro ‘corrige’ o que vemos para dar um resultado quase neutro. Isto é semelhante ao balanço de branco automático da câmera, mas é claro que sua câmera não sabe o que está olhando.

Por esta razão, é sempre melhor usar opções predefinidas do balanço de brancos da sua câmera (como Luz do dia, Nublado ou Sombra), especialmente se você está fotografando em JPEG, que serão processadas na câmera. Pode ser mais difícil para corrigir a cor depois. Se você fotografar em RAW, poderá mudar o balanço de branco quando você converter os arquivos.

Foto: Digital Camera World
Foto: Digital Camera World

7 – Configure o ISO certo

No seu mais básico, a configuração ISO na câmera controla a sensibilidade do sensor de luz: quanto maior o ISO, mais “sensível” do sensor, e menos luz será preciso. O ISSO mais alto resultará em uma textura granulada nas fotos, conhecida como ruído.

Dependendo da câmera e a forma como ele processa imagens, o ruído pode variar entre totalmente imperceptível nas configurações ISO mais baixas para intensamente perceptível em ISOs altos. A simples regra de ouro é usar o menor ISO que você puder. Isso será determinado pela quantidade de luz que você tem, a velocidade do obturador e abertura utilizados.

Se você está fotografando com pouca luz e não quer ter um ruído excessivo por conta do ISO, o flash é uma solução, especialmente se usado em conjunto com uma velocidade lenta do obturador para captar a luz ambiente.

Foto: Digital Camera World
Foto: Digital Camera World

8 – Assuma o controle do foco

Sua câmera provavelmente tem uma fantástica variedade de modos de focagem, e estes são cada vez mais sofisticados a cada novo lançamento de produto. Vários pontos de AF e a capacidade de selecioná-los individualmente ou em grupos significa que, para praticamente qualquer clique, você pode dizer a câmera exatamente onde você quer focar. Às vezes isso pode dar certo, mas em algumas ocasiões selecionar estes pontos pode falhar.

Então, nada melhor do que voltar para o básico: o modo manual. Muitos fotógrafos iniciantes esquecem deste quesito. Se a sua câmera está lutando para obter um foco positivo sobre um assunto de baixo contraste, não perca tempo tentando usar AF alternativos – basta mudar para o foco manual e focar o que quiser. Isto vale também para retratos em close-up ou fotos macro.

Foto: Digital Camera World
Foto: Digital Camera World

9 – Analise suas fotos

Não há nenhuma razão para você não verificar suas imagens após clicar. Bem pelo contrário: as razões para fazer isso são inúmeras. Primeiro, autocrítica. Você precisa saber se conseguiu o clique desejado. As ferramentas mais importantes para isso são a tela LCD da câmera e visualização do histograma. Usando a tela, você pode facilmente verificar sua composição e enquadramento, e fazer verificações rudimentares em cores para assegurar se o equilíbrio de brancos está definido corretamente.

Verifique o histograma. Este gráfico simples mostra a distribuição tonal da sua imagem, com as áreas mais escuras da imagem mostrada à esquerda e os destaques mais brilhantes à direita. Se o volume do histograma é deslocado para a esquerda, isso significa que a imagem é escura (possivelmente subexposta), enquanto um gráfico da direita deslocado significa que a imagem é clara (potencialmente superexposta). Porém, nem sempre a exposição certa é a correta.

Foto: Digital Camera World
Foto: Digital Camera World

10 – Reveja e edite suas imagens

É melhor revisar definitivamente suas imagens no computador. Por motivos óbvio: um monitor maior dará a você melhor visualização de detalhes. Passe por cada foto , avaliando o enquadramento, iluminação, cor, foco, profundidade de campo e exposição. Qualquer foto que não corresponder aos critérios definidos logo no início podem ser movido para uma pasta ‘rejeitados’. Seja implacável nesta fase: se você rejeitar todas as suas fotografias, tudo bem: você sempre pode sair e fotografar novamente.

Não exclua essas imagens, pois é sempre bom ter os seus erros disponíveis para aprender com eles. Algumas imagens podem até ser melhoradas com um pouco de trabalho de pós-processamento.

Foto: Digital Camera World
Foto: Digital Camera World

FONTE: DIGITAL CAMERA WORLD

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