Através da nossa pesquisa de mercado, descobrimos que muitos fotógrafos em início de carreira (e até mesmo alguns com um tempo na profissão) cometem os mesmos erros. Por isso, resolvemos ajudar você a não cometer os mesmos erros na sua caminhada no mercado da fotografia.
Resolvemos listar os 10 erros mais comuns que os fotógrafos praticam durante o início da sua carreira e ao longo dela. Alguns destes erros podem ser cruciais para o sucesso ou o fracasso nesse mercado cada vez mais disputado.
Confira os erros.
1. Não ter um domínio com seu próprio nome
Sem dúvida alguma esse é um dos principais erros que o fotógrafo comete no início de sua carreira. Não ter um domínio próprio com o nome da sua empresa é, com certeza, perder dinheiro e credibilidade com os seus futuros clientes.
Esqueça emails como gmail, hotmail ou live. Estes tipos de email são utilizados por amadores ou pessoas “normais”, não por profissionais. Se você quer passar confiança para os seus clientes, você pode começar tendo no mínimo um site e um email com o seu nome, #ficaadica.
Você pode estar pensando neste momento: “É tão caro ter um domínio próprio, tem que pagar várias coisas, além do mais não sei mexer com isso tudo”. Você precisa pensar como um empreendedor que vai gerar renda em cima da sua empresa, portanto, ela precisa ser tratada com todo carinho e em todos os detalhes.
Para ter um domínio próprio é muito simples, rápido e relativamente barato. Relativamente se compararmos a qualquer negócio físico que precisa de investimentos altos, exemplo: se você for montar uma empresa para vender cachorro quente, você aluga um lugar ou investe em um carrinho, e este é só o investimento inicial.
Se você não pode investir cerca de R$300,00 no ano (isso dividido em 12 meses fica R$25,00 reais por mês) em seu próprio negócio, você precisa rever se realmente está disposto a continuar nesta profissão que exige investimentos em equipamentos, cursos, etc. Para ter um domínio e um email com seu nome é muito fácil e prático, basta seguir os passos abaixo:
1º passo: Registre seu domínio
Você deve acessar o site registro.br para domínios .com.br por exemplo (que são os mais indicados) e pesquisar o domínio que deseja, caso ele esteja livre é só pagar R$30,00 reais por ano e pronto você já tem o domínio em seu nome.
2º passo: escolha o servidor de hospedagem
O servidor de hospedagem, como próprio nome já diz, serve para hospedar o conteúdo do seu site/blog, além de ser o responsável por receber e enviar emails. Caso você não conheça nenhum bom servidor, encontre a melhor hospedagem de sites aqui. E para ter seu site ou blog, você pode contratar empresas especializadas ou você mesmo pode montar um blog em WordPress.
2. Não ter um blog
Outro erro que os fotógrafos cometem é de não possuir um blog, que é diferente de ter um site. O site é usado como portfólio e uma apresentação do fotógrafo. Apesar disso, aqui no Brasil o que mais se popularizou no mercado da fotografia foi o formato de blog, pois com ele você pode ter tudo o que o site tem e ainda contar com as atualizações de conteúdo que ele pode oferecer.
O blog serve para você mostrar aos seus clientes os seus trabalhos atuais, e ter sempre novidades através dos posts, onde você pode contar a história de cada trabalho e postar suas fotos.
Muitos são adeptos somente de postar suas fotos e seus trabalhos em sites como Facebook, Flickr ou 500px, o que é um grande erro, pois esquecem que, se a política destes sites mudam, o fotógrafo é obrigado a aceitar. Além de ficar preso a eles, você deve ter em mente que eles podem deixar de existir daqui alguns meses ou anos (o orkut é a prova disso )
A melhor forma de se ter um blog é fazê-lo em WordPress, uma plataforma incrível (gratuita) que possui muitas ferramentas para auxiliar o fotógrafo nesta jornada através da internet, existem vários templates gratuitos na internet que você pode usar ou pagos com preços muito em conta.
3. Não dar importância ao seu orçamento
Um dos erros mais fáceis de se cometer na carreira é não tratar os orçamentos fotográficos com o devido cuidado e de não dar muita atenção a eles. O péssimo hábito de responder por e-mail, no próprio corpo do pedido, ou in box na fanpage do Facebook, pode desacreditar seu trabalho e fazê-lo perder vendas.
Ter orçamentos bem feitos, com um design clean, é a chave para fechar bons e mais contratos, pois o orçamento tem um papel muito importante na apresentação do seu serviço. Ele é uma das primeiras oportunidades que você tem para vender seu trabalho e mostrar suas fotografias. Os detalhes cativam as pessoas, e ao receber um orçamento bem feito o cliente vai notar o cuidado que você teve para fazer o seu orçamento. Ele irá notar o profissionalismo e qualidade de seu serviço. Os fotógrafos muitas vezes esquecem que, na maioria das vezes, o orçamento fotográfico chega primeiro que a reunião e agem como se fosse apenas responder mais um email.
Se você não sabe como fazer um bom orçamento fotográfico, disponibilizamos 20 templates editáveis em photoshop que irão atrair a atenção dos seus clientes. São templates completos para você se diferenciar dos seus concorrentes. No pacote você encontra: 10 templates de casamento, 5 templates de festa infantil, 5 templates de Newborn.
4. Não ter estratégias de preço certa
No post 5 ideias de estratégias de vendas para fotógrafos, nós falamos da importância de se criar estratégias para vender os seus serviços, afinal, ter um site/blog ou uma página no Facebook e esperar que chova clientes na sua caixa de emails é no mínimo utópico, quase um devaneio, certo?
Não é porque você está presente nas redes sociais e agora possui um blog (espero que já tenha registrado domínio e comprado um servidor :P), ou porque agora você já possui uma proposta de orçamento linda que as coisas vão começar a acontecer e os serviços vão começar a aparecer.
Ter ideias de preços e estratégias de venda requer planejamento e dedicação. Você precisa entender que, além de fotógrafo(a), é também um(a) empresário(a) e que todo o processo de captura de clientes depende de você e de mais ninguém.
Você deve fazer perguntas a si mesmo do tipo: onde quero atuar? Quem são as pessoas que podem comprar meus serviços? Onde elas estão? Como elas enxergam meu trabalho ou como deveriam enxergar?
Temos um excelente post que fala sobre como precificar o seu trabalho que vale a pena ser lido. É importante você não se focar no que os outros estão cobrando, mas sim na sua real necessidade, desta forma, você não estará pagando para trabalhar.
5. Não estudar
É quase impossível você permanecer em qualquer profissão sem conhecer e estudar a fundo como trabalhar com ela. Por que então na fotografia muitos ainda acreditam que apenas comprando uma câmera eles já se tornam fotógrafos? Você não se torna fotógrafo apenas por ter uma câmera, como um médico não é médico por ter um bisturi, certo?
Sabemos que o mercado está competitivo, fácil de entrar – o difícil aqui é permanecer. Porém, é preciso se destacar na multidão e fazer algo novo, diferenciado, e para isso é preciso muito estudo. Faça cursos, workshops, vá em congressos de fotografia, assista vídeos na internet, leia o manual da sua câmera ou flash, ouça podcasts, adquira livros, aprenda sobre marketing digital para fotógrafos, mas NUNCA pare de estudar. Como já diziam seus pais “estude para ser alguém na vida”, isso vale muito para a fotografia.
Vemos muitos fotógrafos comprando equipamentos sem saber ao certo o que e como comprar, além de não pesquisarem ou até mesmo perguntarem para outros profissionais, muitos perdem dinheiro pela falta de estudo e conhecimento. Por isso o estudo é tão importante. Ele dá a direção certa a seguir e abre sua mente. “Não existe marketing bom para fotografia ruim” – Raul Vargas
6. Achar que vai ganhar muito dinheiro de forma rápida
Muitos se enganam ao pensar que farão fortunas ou “dinheiro fácil” ao entrar na fotografia. E fazem um cálculo simples, porém errado: se eu fotografar 2 casamentos por mês e cobrar R$1.500,00 vou ganhar R$3.000,00, imagina se eu fotografar 4? Caro colega, não é tão simples assim e muito menos tão fácil.
Como qualquer outro negócio, a fotografia precisa de um planejamento. Este planejamento envolve o período de plantar a semente e, como a natureza é perfeita, existe tempo para colher. O período mínimo para se começar a ter lucro com a fotografia é de 1 ano (se for muito bem planejado). Por isso, é preciso ter em mente que você precisa investir em conhecimento, equipamento, portfólio impresso, cartões de visita, blog/site, então já viu para onde vai os supostos “R$3.000,00″ do nosso exemplo?
Se levar em consideração o período que você ainda não é conhecido e precisa fotografar de graça ou cobrar um preço “simbólico” para ter material, o tempo para ter lucro com certeza é maior. Tenha em mente que não é porque agora seu Facebook está como Fulano Photographer que vai chover pedidos de orçamento e você sairá fotografando horrores. Muito pelo contrário, na maioria dos casos até para conseguir alguém para ter um bom portfólio é difícil.
Pense que a fotografia encanta, é maravilhosa, o seu amor por ela pode ser extraordinário, mas que ela vai exigir tempo, dinheiro e principalmente paciência e dedicação.
7. Não pensar em estratégias de marketing digital
A grande maioria dos profissionais da nossa pesquisa de mercado não possuem muita intimidade com o marketing digital. Sabemos que é algo muito “novo” no meio da fotografia. Mas ter estratégias para divulgar o seu trabalho na internet é, sem dúvida alguma, um dos diferenciais de qualquer fotógrafo nos dias de hoje.
Quando falamos em marketing digital, não tem nada a ver com criar uma FanPage no Facebook ou um perfil no twitter e divulgar seu trabalho, marketing digital é muito mais que isso. É você envolver o seu cliente onde quer que ele vá, é fazer com que ele veja o seu nome quando for procurar algo relacionado à fotografia ou ao evento que ele quer realizar, é estar presente na internet de forma completa sem ser mais um pedindo likes ou mendigando comentários. Ter uma boa presença na internet faz a diferença entre você e a sua concorrência.
8. Atirar para todos os lados
Um erro clássico da maioria das empresas e não seria diferente com a fotografia é a falta de foco. E como fotógrafo você sabe que o foco é extremamente importante.
O que mais vemos no mercado são fotógrafos que fazem tudo e, na maioria das vezes por querer agregar valores, acabam caindo no erro de “atirar para todos os lados”.
O que você fotografa? Bodas, casamento, aniversário infantil, 15 anos, newborn, Trash The Dress, esporte, publicidade, moda, velórios (sim, existe isso), nu artístico e não artístico… Hummm e você faz fotografia de gestante? Nunca fiz, mas faço também….
Se especializar em um segmento e vender a ideia de que você é um especialista em uma certa área agrega muito mais valor a sua marca. Então quer dizer que se eu fotografo casamento não posso mais fotografar nada? Não! Você pode fotografar outras coisas, mas qual área você vai se tornar um especialista e o que você quer vender em seu site?
É comum fotógrafos de casamento fotografarem suas noivas no período de gestação, maternidade e até acompanhar o crescimento dos filhos do casal. Isso chama-se confiança. Porém, você não precisa divulgar que faz tanta coisa assim. Se especialize e dedique seu tempo e dinheiro no que você gosta e naquilo que irá te trazer um retorno financeiro. Afinal, não existe refeição grátis, alguém paga por ela, certo?
9. Não investir em portfólio impresso
Se você trabalha com fotografia, os portfólios impressos são a conclusão e o acabamento final do seu trabalho. Através dos portfólios, você vende sua fotografia e se diferencia dos seus concorrentes. Em nossa pesquisa de mercado, vimos que a maioria dos fotógrafos possui um portfólio online e não impresso. Em contra partida, um dos maiores problemas deles é justamente na hora de vender o seu trabalho. Imagine a seguinte situação:
O cliente te achou pela internet (ponto para você), entrou em seu site (ponto para você) e se encantou com seu site (ponto para você) e decide te chamar para uma reunião (dois pontos para você) e na reunião você leva seu Ipad com todas as fotos que ele já viu no seu site e algumas novas, então os seus clientes pedem para ter uma ideia de como você finaliza o seu trabalho e você pede para ele IMAGINAR um álbum mais ou menos quadrado, que tem uma capa fotográfica com a fotos deles e não tem “vinco” e possui “30 lâminas”. Imaginou o nó na cabeça dos clientes? Você acaba de perdê-los e o seu dinheiro também.
10. Não fazer networking
Quem tem Q.I (Quem Indique) sabe que pode chegar mais longe. Não é de hoje que os relacionamentos são a base para qualquer negócio. E sim, eles trazem muitos resultados. Fazer networking é, sem dúvida alguma, essencial nos dias de hoje. E se você pensa que relacionamento é ter que ficar puxando-saco ou bajulando, está enganado.
É comum ouvir fotógrafos dizerem que não querem ficar “puxando-saco” de cerimoniais, casas de eventos, organizadores, agências, decoradoras, etc; mas o fato é que quando você cria uma rede de relacionamento, as chances de você conquistar um cliente são muito maiores.
Pense na seguinte hipótese: os clientes vão até uma cerimonial e ouvem falar bem de você, depois vão até a decoradora e ela fala do seu trabalho, logo após, procuram o celebrante, padre ou pastor, e estes dizem que você é um excelente profissional e que sabe se portar durante a cerimônia. Nesta altura do campeonato, os clientes estão doidos para te conhecer porque tiveram ótimas referências suas. Entendeu a rede de relacionamento?
É obvio que os seus clientes do passado são ótimas referências para o seu trabalho, mas não podemos esquecer que existe uma gama de profissionais que gostam de trabalhar com quem não traz nenhuma complicação para o trabalho deles. Ou vai dizer que você não prefere trabalhar com aquela equipe de filmagem que sabe que não vai te atrapalhar, ou aquela cerimonial que não vai fazer o papel de fotógrafa e dar palpite em tudo?
É uma questão de ter somente os melhores profissionais a sua volta, então faça muito networking e saiba manter sua rede de relacionamentos. Não se trata de fazer “panelinhas”, mas sim de ter pessoas ao seu lado em quem você confia, pode indicar e vice-versa.
11. BÔNUS – Não conhecer o mercado em que pretende atuar
Não conhecer o público que quer atingir e o mercado que deseja atuar é, no mínimo, uma perda de tempo e dinheiro. Você sabe que quer fotografar casamentos ou até mesmo nascimento de bebês, mas onde estas pessoas estão? O que elas consomem? Quanto estão dispostas a pagar por um serviço de fotografia? Qual a classe você quer atuar? Como eles se comportam? Quem busca pelo serviço é o mesmo que irá pagar por ele?
São perguntas como estas que precisam de respostas. Para isso, você pode criar uma “persona” do seu público, com todas as características que você pode conseguir sobre ela, por exemplo: Vou fotografar gestantes, então minha persona é da seguinte forma:
- O nome dela é Cláudia
- Tem entre 22 e 35 anos
- Visita lojas de bebês com frequência
- Gosta de ir ao shopping
- Tem uma renda familiar entre R$2.000,00 e R$5.000,00
- Gosta de tecnologia
- Faz pesquisas em blogs sobre gravidez
Só com estas informações já podemos visualizar algumas estratégias para vender o seu serviço em blogs de gestantes, lojas de bebês, etc. Conhecer as pessoas para quem queremos vender é o mínimo para se ter sucesso nas vendas, por isso as empresas investem tanto em pesquisas de mercado. Tudo isso para fechar o cerco no maior número de potenciais clientes.