Sebastião Salgado propõe projeto de recuperação do Rio Doce ao governo

Na última sexta-feira, dia 13/11, o fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado se reuniu com a presidente Dilma Rousseff no Palácio da Alvorada para apresentar um projeto de recuperação do Rio Doce. Trata-se do projeto Olhos D´Água, que tem como meta revitalizar o Rio Doce a partir da recuperação de  todas as nascentes desta bacia hidrográfica, estimadas em cerca de 400 mil.

Sebastião e sua esposa Lélia.
Sebastião e sua esposa Lélia | Foto: Ricardo Beliel

O projeto Olhos D’Água é conduzido pelo Instituto Terra, organização civil sem fins lucrativos fundada em 1988 por iniciativa de Sebastião Salgado e sua mulher, Lélia Deluiz Wanick Salgado. Atua na região do Vale do Rio Doce, entre os estados de Minas Gerais e Espírito Santo, região que atualmente vivencia as consequências do desmatamento e do uso desordenado dos recursos naturais.

As principais ações do projeto envolvem a restauração ecossistêmica, produção de mudas de Mata Atlântica, extensão ambiental, educação ambiental e pesquisa científica aplicada. Como resultado das ações, mais de 7 mil hectares de áreas degradadas estão em processo de recuperação na região e mais de 4 milhões de mudas de espécies de Mata Atlântica já foram produzidas em viveiro para abastecer plantios de restauração.

Brasília - DF, 13/11/2015. Presidenta Dilma Rousseff recebe o fotógrafo, Sebastião Salgado no Palácio da Alvorada. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Registro do encontro entre a presidente Dilma Rousseff e o fotógrafo Sebastião Salgado no Palácio da Alvorada | Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

O governo federal deve multar em R$ 250 milhões a Samarco. A empresa é responsável pelas duas barragens que romperam no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, liberando rejeitos no Rio Doce. Várias cidades estão sem abastecimento de água nos estados de Minas Gerais e Espirito Santo, com uma alta mortandade de peixes e animais marinhos causada pela contaminação e pela lama. O desastre deixou sete pessoas mortas, dezenas de feridos e um número ainda desconhecido de desaparecidos.

FONTE: PLANALTO

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