Fotógrafo Terry Richardson é banido da Vogue e outras revistas de moda

Em uma matéria exclusiva, o jornal britânico The Telegraph informou que o fotógrafo norte-americano Terry Richardson foi banido das revistas sob controle da Condé Nast, um dos maiores grupos internacionais de edições de revistas, que possui títulos como Vogue, GQ, Glamour e Vanity Fair.

Segundo informações do jornal, o vice-presidente executivo da Condé Nast, James Woolhouse, enviou um e-mail para todos os títulos do grupo ordenando que as colaborações com Richardson fossem finalizadas e substituídas por outro material.

Acusações de assédio

Richardson é conhecido por seu estilo sexualmente explícito e suas fotografias já retrataram grandes celebridades e estamparam capas de revistas ilustres. Porém, o fotógrafo tem sido constantemente acusado de exploração e assédio sexual por parte de algumas de suas modelos. A modelo Christy Turlington disse na semana passada que o assédio às modelos sempre foi amplamente tolerado na indústria fotográfica:

“A indústria está cercada por predadores que prosperam na constante rejeição e solidão que muitas de nós experimentamos em algum momento de nossas carreiras”, disse Turlington.

Segundo o jornal, a Condé Nast já estava revendo os contratos com Terry há algum tempo, porém, depois que um artigo publicado no jornal britânico The Times – que questiona por que Richardson ainda era “celebrado por fashionistas” e o chamava de “o Weinstein da moda” – o grupo editorial decidiu cortar relações com o fotógrafo.

Resposta

Richardson sempre negou as acusações e respondeu às alegações em publicação no site Huffington Post, afirmando que as modelos sempre foram respeitadas e tiveram liberdade durante os ensaios:

“Eu colaborei com mulheres adultas que estavam plenamente conscientes da natureza do trabalho, e como é típico com qualquer projeto, todas assinaram um contrato. Eu nunca usei uma oferta de trabalho ou uma ameaça de repreensão para coagir alguém a fazer algo que não queria”