Em SP: Fotografias feitas em smartphones são apresentadas no MIS

A mObgraphia Cultura Visual, de Cadu Lemos e Ricardo Rojas, está presente no Maio Fotografia no MIS 2017, evento que ocorre anualmente no Museu da Imagem e Som, instituição da Secretaria da Cultura do Estado, com três exposições: Os vencedores da quarta edição do FLAMOB (Festival Latino Americano de Mobgrafias), Avessos & Paradigmas, com curadoria de Fausto Chermont, e A arte da observação urbana, com imagens de ensaios do coletivo Hikari Creative.

FLAMOB 2017

O FLAMOB 2017 exibe uma mostra com os selecionados para o Prêmio Latino-americano, dividido em sete categorias: Arte em mobgrafia, Documental, Retrato, Street, Preto e branco e Paisagem, onde os temas são livres e Ensaio, que nessa edição privilegia as narrativas visuais a partir da questão: Qual a sua história? Como definem seus curadores, “desde o princípio o evento é totalmente aberto: sem restrição profissional, artística, ou de fronteiras”

A fotografia produzida em smartphones é o que se chama de mobgrafia. Esses gadgets não são apenas parte da vida cotidiana, mas sim parte do jeito de ser, de se relacionar, de se comunicar, para produzir imagens, contar histórias ou mesmo fazer arte. As inscrições vêm de todas as partes do mundo e a seleção dos finalistas é feita por uma comissão composta por personagens de destaque no cenário internacional.

Os números do festival são plurais. Desde seu início já atingiu o patamar de 15.000 imagens inscritas, de onde são selecionadas 75 para exposição. Um júri formado por profissionais do Brasil, Canadá, França, Alemanha e Portugal, seleciona, por categoria, os vencedores que são anunciados no dia da abertura da mostra.

O FLAMOB vem se colocando como lugar de convergência. Além de abrir este espaço, também promove o Flamob Talks com encontros, palestras, workshops e leituras de portfolio durante o período do festival.

Avessos e Paradigmas / German Lorca
Avessos e Paradigmas / German Lorca

Avessos e Paradigmas

Avessos e Paradigmas, com curadoria de Fausto Chermont, apresenta trabalhos de quatro decanos da fotografia brasileira – German Lorca, Maureen Bisiliat, Nair Benedicto e Penna Prearo – em uma produção única em mobgrafias, pela primeira vez. Uma reunião de notáveis nas tradições da fotografia, abraçando a inovação, a tecnologia e a inclusão da nova arte visual.

 HIKARI CREATIVE

Uma seleção de 75 trabalhos dos cinco fotógrafos que compõe o Hikari Creative, coletivo formado por Adriana Zehbrauskas, Ako Salemi, Eric Mencher, Marina Sersale e Q.Sakamaki compõe a mostra A arte da observação urbana com registros que buscam dar uma dimensão apropriada para a importância das narrativas visuais, com imagens urbanas que atestam o lema do grupo: “nos unimos através da fotografia para afirmar a arte como essencial em nossas vidas”

Como definem Cadu Lemos e Ricardo Rojas, a mObgraphia Cultura Visual foi concebida buscando se estabelecer como movimento artístico: “Nosso papel é ampliar e fortalecer o poder de contar histórias no momento em que acontecem, multiplicar uma criação assim que o artista entende que está pronta para ir ao mundo, criar condições para que as pessoas possam se reunir, debater, aprender e ensinar, irradiando mais e mais essa nova fase da fotografia. ”

Com a importância que as pessoas vêm concedendo as fotos e com a facilidade de poder tirá-las sem precisar utilizar equipamentos grandes e pesados, as fotografias se tornaram muito mais elaboradas, com elementos e cenários que despertam o interesse de quem as vê. O projeto desenvolvido pela mObgraphia vem de encontro a isso.

Maio Fotografia no MIS 2017

Anualmente, o Museu da Imagem e do Som – instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo – dedica um espaço na agenda de programação para mostras exclusivamente de fotografias com obras de artistas nacionais e internacionais.

Além das três exposição da mObgraphia Cultura Visual , este ano a mostra apresenta outras quatro exposições: Revista Camera A fotografia dos séculos XIX e XX, uma seleção de fotos da coleção de Allan Porter, editor da cultuada revista suíça Camera – que traz grandes nomes da fotografia como Eugène Atget, Cartier-Bresson e Aleksander Rodchenko; Farida, Um conto sírio, trabalho inédito de Mauricio Lima, que acompanhou uma família de sírios desde a cidade de Afrin, na Síria, até a Suécia, tornando-se com este ensaio o primeiro brasileiro a receber o Prêmio Pulitzer; Passagens da inocência de Giulia Paulinelli, uma das artistas selecionadas pelo programa Nova Fotografia 2017, espaço do MIS dedicado a fotógrafos promissores; Caçador e construtor, exposição elaborada a partir do Acervo do MIS que tem entre seus destaques obras de Cristiano Mascaro, Arnaldo Pappalardo, Fernando Natalici e Gal Oppido.

Fonte: Zeca Florentino/Balady Comunicação

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