A arte das coisas pela fotografia: o ato criativo

Criar não atua. Como se de uma peça se tratasse, decidimos criar nesse ato, altura e tempo.

Não.

O ato criativo é existir, compulsivamente ter de anotar o que se está a criar, todo o tempo. A todo tempo e em altura alguma, somos sensíveis e novos. Acontece, vai acontecendo, revela-se.

Como?

Não faço a mais pequena ideia!… e mal de mim se o fizesse. Aí estaria mais no ato do que a criar e ficaria cheio das questões que estou todo o tempo a recusar dentro da minha cabeça; ondecomooriginalidadebommaueuelesganharperderdesistiralcançarchegarfugir.

Mongol Girl, por João de Castro
Mongol Girl, por João de Castro

Temos algo para criar? Vale a pena? Não faço a mais pequena ideia e essa é a certeza que estou a existir e posso criar. Nu, nu de todo se consegue ter forma(s). O que somos é assunto dos outros…nós existimos.

Por isso criamos, porque criamos…esse é o grande segredo que tento meter na minha cabeça cada vez que voltam as palavras a mais na minha cabeça.

Só paro quando as expulso.

Marta Braz, por João de Castro
Marta Braz, por João de Castro

Não faço ideia se este texto que aqui crio está a ser útil…mas criei-o de certo com toda a minha maneira de Existir…. e tudo veio de todo o lado.

Porque a inspiração também é expiração, antes de transpirarmos na nossa obra temos de respirar, sentir, olhar e sair por aí cheirando…

War Paintings, por João de Castro
War Paintings, por João de Castro

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