Esse retrato não foi feito com uma câmera, nem com tinta

“A fotografia vai substituir a pintura”. É isso que muitos pensavam quando a fotografia surgiu, no século XIX. Artistas inicialmente desconfiavam da nova forma de registrar a vida, mas aos poucos começaram a absorver inspiração da fotografia para criar seus quadros. É o caso do pintor Toulouse Lautrec, que pintava modelos quase fora do quadro imitando o registro de cenas em movimento, como no quadro “At the moulin rouge”.

A pintura “At The Mouling Rouge” de Toulouse Lautrec. Além de se inspirar no registro instantâneo do movimento feito pela fotografia, no quadro Lautrec também retratou dois fotógrafos amigos seus: Paul Secau e Maurice Guibert, este último que colaborou em uma pintura de Lautrec.

O affair entre fotografia e artes visuais continua desde então, percorrendo os mais criativos caminhos. É o caso da artista Chiamonwu Joy, que cria retratos fotorrealistas apenas com lápis. No primeiro olhar, suas obras acha que foram feitas em um estúdio fotográfico.

Mas o fotorrealismo não para no lápis ou na tinta. Hoje vamos falar sobre Cayce Zavaglia, a artista que cria seus retrato com linhas. O que de longe pode parecer uma foto com muito ruído, de perto impressiona por se tratar de um intrincado trabalho manual. E o resultado não é apenas um, mas dois retratos.

“Os retratos bordados de Zavaglia apresentam literalmente dois lados contrastantes. Há a imagem idílica na frente, e os pontos cruéis, emaranhados e muitas vezes caóticos nas costas”, explica Andrew Liszewski do Gizmodo, demonstrando que os trabalhos de Zavaglia trazem a perfeição e imperfeição de nossas vidas.

Veja abaixo um documentário “Verso” sobre o trabalho da artista Cayce Zavaglia:

 

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