3 referências da fotografia no Amazonas

Hoje eu gostaria de iniciar uma série que batizei de uma maneira muito objetiva, que é “3 Referências na Fotografia”, onde inicialmente irei abordar 3 bons fotógrafos de cada estado brasileiro. De início, pensei que seria algo difícil, mas existe tanta gente boa nesse Brasilzão que acabaram deixando as coisas bem fáceis. Enfim, decidi começar de cima pra baixo no mapa e de cara com o maior estado no país, o Amazonas. Não só por ser o meu estado de origem, mas também pra começar mostrando pessoas que de fato eu admiro muito e têm um trabalho bem regionalizado, bem marcante e quem valem a pena mostrar para o restante do Brasil.

1. Alex Borja (@al_borja)

O Alex começou a se dedicar à fotografia documental em 2015, no período da Vazante do Rio Negro. Acompanhando por algumas semanas o dia a dia dos ribeirinhos e na realidade vivida pela estiagem do rio na região da zona Portuária e bairros próximos. Depois se aprofundou nas fotografias documentais mergulhando no cotidiano Amazônico em diversas cidades do interior do estado do Amazonas.

Foto: Alex Borja

Fotografou Tabatinga na tríplice Fronteira Brasil, Peru e Colômbia, depois Município de Benjamin Constant no alto Rio Solimões. Ele vem trabalhando em um grande projeto chamado a A Outra Margem , que visa retratar o cotidiano do vilarejo chamado Cacau Pirera, que fica na outra margem do Rio Negro. Onde a promessa do progresso com a Construção da Ponte Rio Negro não chegou e a população vive as grandes mazelas sociais…

Foto: Alex Borja

Outro projeto que está trabalhando se chama Retratos do Beiradão, cujo intuito é acompanhar e registrar o cotidiano Amazônico na Beira do Rio Negro na zona Portuária de Manaus, próximo ao mercado municipal Adolpho Lisboa e feira da Banana.

Foto: Alex Borja

Alex vem participando de diversas exposições em Manaus e em nível nacional, resumindo: 1) Exposição Retratos Amazônicos; 2) Exposição Amazônia em Movimento – interação dos ribeirinhos com a natureza via canoas e barcos; 3) Salão Nacional de fotografia de Londrina 2016/2017; 4) Salão Nacional de fotografia de Boa Vista 2017; 5) Exposição de fotografia Atlas da Beleza Brasileira pela Revista Claudia em SP 6) Publicação no Livro Atlas da Beleza Brasileira pela Revista Claudia; 7) Publicação de fotografia na Revista Claudia edição 665 Fev/2017 sobre o estado do Amazonas e seus pontos turísticos. É voluntário no projeto social chamado SEMEANDO GRATIDÃO. Participa de atividades voltadas para crianças carentes na cidade de Manaus. Membro do fotoclube de Londrina.

Foto: Alex Borja

2. Christian Braga @chritiaanbraga

Começou a fotografar há 8 anos, participando de um fotoclube em Manaus chamado “Escrita da Luz”, que na época realizava várias atividades, saídas fotográficas, exposições, debates, workshops e etc. Após isso, se interessou mais pela fotografia fez um curso básico de fotografia e depois foi trabalhar na mesma empresa que fez o curso. Vendeu câmeras por 3 anos nessa empresa e em paralelo fazendo as ações com o fotoclube.

Foto: Christian Braga

Visitou 4 aldeias na Amazônia, os Tembé, no interior do Pará, os Ashaninka e os Yawanawá, no Acre, e os Yanomami em Roraima, esse rendeu a construção de um site em parceria com o Instituto Socioambiental, Hutukara (associação Yanomami) e a Canon: expedicaoyanomami.socioambiental.org/

Foto: Christian Braga

Atualmente morando em São Paulo ele faz parte de uma rede de jornalismo independente colaborativa, chamada Jornalistas Livres.

Tem como referências os clássicos da fotografia Cartier Bresson, Robert Capa, a incrível fotógrafa que acompanhou por 40 anos os índios Yanomamis, Cláudia Andujar. Acompanho muito também o fotógrafo da Magnum David Alan Harvey e o fotojornalista brasileiro, que ganhou o pulitzer, o Maurício Lima. E inúmeros fotojornalistas em Manaus e norte, como Raphael Alves, Alexandre Sequeira, Miguel Chikaoka e diversos outros.

Foto: Christian Braga

Dicas:
Acho que não tem uma fórmula para se tornar um bom fotógrafo, mas diria que nessa área da fotografia documental é preciso muito gostar de viver, gostar viajar e respeitar sempre o que e quem você está fotografando, o resto depois se desenrola.

 3. Gedeon Santos

Adquiriu interesse por fotografia há alguns anos como um “anti-estressante” para longa rotina semanal de trabalho. Percebeu que ao sair para fotografar, se desconectava completamente dos problemas do dia-a-dia e sempre começava a semana com mais tranquilidade e foco. Não parou mais. A fotografia passou a fazer parte do dia-a-dia e tornou-se uma forma de expressão.

Foto: Gedeon Santos

Como fotógrafo, desenvolve projetos de fotografia autoral/documental voltados para projetos de responsabilidade social. Em 2010, recebeu menção honrosa na XXVI Bienal Brasileira de Arte Fotográfica em Preto e Branco. Em 2011 foi 1o. lugar no concurso de fotografia do Instituto Cultural Brasil Estados Unidos. Teve trabalho exposto na edição de 2012 da Bienal Brasileira de Arte Fotográfica em Preto e Branco. Recebeu menções honrosas nas edições de 2012 e 2013 do concurso da LEICA Fotografe. Em 2016, obteve o 2o. lugar e menção honrosa na XXIX Bienal Brasileira de Arte Fotográfica em Preto e Branco, “Honra ao Mérito” no Salão Nacional de Fotografia de Bauru e primeiro lugar no salão Nacional de Boa Vista. Atualmente, atua como fotógrafo freelancer.

Seus fotógrafos de referência no âmbito geral e no Amazonas, são: W. Eugene Smith, Robert Doisneau, Elliott Erwitt, Miguel Rio Branco e Sebastião Salgado. No Amazonas, os fotógrafos Alberto César Araújo e do Rapahel Alves e Carlos Navarro.

Foto: Gedeon Santos

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